Chega de ser macaco de auditório!

Chega de ser macaco de auditório!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PLOC - Flash back 80's nr 25

A música eletrônica incomparável, information society em dose dupla:




domingo, 27 de setembro de 2009

Filmes Inesquecíveis

Bom, você deve estar se perguntando de onde me vem esse filmes já que são mais antigos que eu, pois vou lhe responder eu tinha esa mania chata de ao invés de ir para as "baladas" eu ia para a locadora cult mais proxima e ficava batendo papo com o dono e ele me indicava os filmes mais bonitos e um deles foi esta outra pérola do cinema "Summer of 42" (em Português "Houve uma vez um verão"):

sábado, 26 de setembro de 2009

Superação!



Depois que eu parei para prestar atenção neste comercial, eu entendí o quão difícil deve ter sido para Fernanda Young chegar onde chegou; digo isso por que conflitos da mente e limitações são os piores inimigos de um ser humano.
Eu me lembro de ter certa vez encarado um medo da morte tão cruel que tive pânico, daqueles clássicos de não sair de casa, uma nóia sem explicação, o coração acelerava, suava frio, ia bucar meus irmãos no colégio com medo que algo pudesse lhes acontecer, sei lá!
depois de uma breve terapia passou, assim como chegou!
alguns anos depois nos preparativos do meu casamento, trabalho, cursos, apartamento, festa, vestido, convites, igreja...
afffff consegui as tão sonhadas férias para poder providenciar tudo, viajar a Minas Gerais para comprar os móveis, exames pré nupciais e toda aquela encrenca que temos de providenciar.
de repente um estalo numa manhã, acordei fui para o banheiro, me olhei no espelho e desabei em prantos!
Não podia entender oque estava me acontecendo...receberia as chaves do tão sonhado apartamento dos sonhos dalí a uma semana, era uma casa de boneca e eu estava triste!
Pra piorar a situação me comprometí com a empresa em que eu trabalhava de atender a um curso que eu queria muito fazer, mas só estaria disponivel nas minhas férias, meu gerente me disse que eu poderia fazer o curso, mas teria que utilizar uma semana de minhas férias para tal...eu aceitei, mas mal sabia eu em que estado estaria!
Resumo da ópera, no primeiro dia de curso acordei chorando (já contei), mas lavei o rosto, desci para tomar meu café, me arrumei me sentindo meio trêmula (não entendia oque se passava) e saí na rua, quando cheguei na esquina de casa congelei, voltei correndo e disse a minha mãe que não conseguia andar só na rua, ela ficou meio assustada, mas agiu com normalidade, se arrumou me deu a mão e me levou ao curso, detalhe: ela ficou sentada lá até o final da aula e nos dias que se seguiram ela só não foi a um dia de curso, ao qual minha tia me acompanhou.
Num desses dias no curso em que minha mãe lá estava ,tive uma crise de hipotensão, não sei dizer oque isso significa em termos técnicos, mas comigo aconteceu o seguinte: um frio me subiu pela espinha, eu não queria estar naquela sala, me levantei o mais discretamente que pude, passei o braço na minha mãe e corri para o banheiro, lá coloquei os pulsos debaixo da torneira, minha cabeça girava, meu coração parecia que ia sair pela boca, tudo escureceu, eu caí no chão.
minha mãe chamou os médicos da infraero (eu fazia um curso de aviação pelaVARIG) eles me levaram para o ambulatorio me deram meio comprimido de diazepan e eu fiquei com a lingua pesada a fala mole o ânimo a zero, o corpo cansado das noites sem dormir uma vontade voraz de dormir mas o estado de alerta não me deixava.
fomos para a beneficiencia porrtuguesa em botafogo, a essa altura minha mãe ligou para meu avô e tentamos localizar minha terapeuta, ela poderia me atender apenas no fim da tarde, já no hospital (eles achavam que a questão era fisica - meus parentes) os médicos me deram soro na veia, mandaram eu comer algo pois estava abatida, vinha comendo mal a alguns dias (inapetência) e com diarréia (por conta da ansiedade), meu avô me comprou bananas, ahh meu avô! aquele homem forte e lindo de olhos azuis que toda vida me carregou em seus braços fortes, nos meus melhores e piores momentos!
ele estava lá, me olhava com um olhar complacente e quase preocupado...a médica veio até minha mãe e disse: ela precisa de um ansiolítico (??????????) minha mãe perguntou os nomes dos remédios, ela disse que apesar de dar os nomes eu deveria ter uma receita prescrita por um médico especialista...ela não poderia receitá-lo, mas ela achava que era um quadro de pânico!
minha mãe como sempre natureba, disse que faria um chá, que cuidaria de mim e tudo ficaria bem...a noite fui na terapia, não consegui relaxar, a minha terapeuta é daquelas (para mim) que só de me olhar eu me sinto melhor e nesse dia não foi assim, ela me abraçou, conversou, fez oque pôde e ao final com um semblante sério e preocupado ela me disse:
não podemos fazer isso sozinhas, e você tão pouco pode fazê-lo sozinha, está sofrendo!
Não tente combater isso sozinha vai se machucar, está mais forte que você desta vez, você não consegue raciocinar assim, e se não raciocina não sai do ciclo vicioso, da ansiedade!
inibe sua serotonina e vai te deprimir cada vez mais.
O mecanismo é mais ou menos assim: A ansiedade lança adrenalina no seu organismo que em alta quantidade inibe a serotonina e aí ferrou tudo.
passei mais uma semana tentando encontrar um médico em quem sentisse confiança o bastante para me medicar.
cheguei a este Dr Ricardo,um dos melhores médicos que já conhecí, homem concenciso, sábio, racional.
Ao me avaliar ele disse que isso não era nada, que os remédios me ajudariam a sair da crise e eu me sentiria melhor em uma semana ou menos, me prescreveu metade da dose minima, foi bastante cauteloso....me curou!
juntamente com minha terapeuta, com minha mãe (que de incicio recusou o remédio me causando mal estar), minhas tias, meu avô e minha família materna que me acolheu nas noites em que eu passava em claro tentando entender.
com um mês de tratamento eu estava bem, porem assustada!
Aterrorizada de que aquilo pudesse me acometer de novo...não era a primeira vez, seria a ultima?
Me casei! viajei para cancun em lua-de-mel, lá eu relaxei, mas ninguem sabe dos dias em que chorei sozinha no chuveiro com o medo terrivel de estar arruinando a minha vida e a de meu marido com aquele pavor da vida. queria minha mãe!
Na televisão estava passando aquele filme "o pai da noiva" AMO!
chorei mais um monte, mas meu marido começou alí a se tornar o homem da minha vida, ele apesar de todo o entrave que eu passei antes de casar não saiu do meu lado, emagreci na época 5 kg, para mim era muito pois eu pesava 50kg fiquei com 45 kg!
ele não pestanejou e na lua-de-mel ficava me dizendo coisas acolhedoras para me acalmar e acalmou.
Voltamos da viagem, eu estava em casa!
Minha mãe dormiu lá em casa uns mêses hehehe mas depois ficou tudo bem, me senti segura e segui adiante.
8 mêses depois do meu casamento, meu tio (que havia sido meu padrinho de casamento) se suicidou, ele teve algo semelhante com o que eu tive, mas não suportou a pressão...os especialistas dizem que ele tinha num grau elevadíssimo e não suportou....a essa altura minha avó, mãe dele que já apresentava um quadro depressivo piorou, mas aguentou firme....mais uns 6 longos anos.
Bom, aonde quero chegar? quero chegar ao ponto em que não sei se isso se repetirá na minha vida, tenho medo que aconteça, mas não tenho nenhuma dúvida de que se acontecer eu vou lutar para me reencontrar no mar de dúvidas e medos que se instalam em nossa mentes nessas horas, muitas coisas já aconteceram na minha vida depois disso, boas inclusive, tenho 3 filhos, moro hoje longe daqueles que me fazem sentir segura e quer saber?
estou bem!
Acho que uma ou duas lutas bem disputadas e vencidas nos ensinam que vencer é possível, qualquer que seja a dificuldade...a isso eu chamo de superação!

parabéns para nós!



eu e minha família AGO/2009


PS: Ah ! Na época minha terapeuta disse que eu estava vivenciando um "rito de passagem" e esses ritos marcam as mudanças de fases nas nossa vidas, como casamento , nascimentos, mortes e etc...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Construindo a felicidade!



Com o cenário econômico indefinido em países altamente consumistas em tempos de enxugamento comercial, economistas tentam ensinar ao povo que felicidade se constrói, não se compra:

1. Conecte-se as pessoas. Invista em relacionamentos humanos, familiares, amigos, colegas de trabalho, vizinhos. veja-os como pedra fundamental de sua vida. Eles irão enriquecê-lo e apoiá-lo cada vez mais.

2. seja ativo. Ande, corra, pedale, jogue futebol, faça jardinagem, dance. Encontre um forma agradável de se movimentar. Quando o corpo está em movimento ele fabrica felicidade (endorfina).

3. Aguce a percepção nas coisas que acontecem. Seja curioso. Observe oque é belo ou diferente. Saboreie o momento que está vivendo, esteja você almoçando com um amigo ou indo para o trabalho. Esteja consciente do que acontece a sua volta e de como você se sente, suas emoções, seus pensamentos. tente descobrir oque mais importa no seu dia.

4. Nunca deixe de aprender, tente algo novo. tenha aula de canto, tango, culinária, desenho. Trace um objetivo em algo que gostaria de fazer e faça.

5 - Doe-se-- faça algo para ajudar alguém, um amigo ou até mesmo um estranho. sorria no metrô. Seja um voluntário em alguma caridade. Imagine que sua felicidade pessoal esta intrinsicamente ligada a felicidade de sua comunidade. Ative as zonas de prazer nas profundezas de seu cérebro.

É incrível como precisamos de uma recessão mundial para inserir tamanha simplicidade e valores em nosso debate social. Mas a palavra "crise" no ideograma chinês significa duas coisas:
"perigo" e "oportunidade". ok?!


BIBLIOGRAPHIE

1. New_Economics_Foundation, National Accounts of Well-being: bringing real wealth onto the balance sheet. 2009, New Economics Foundation: London, U.K. www.nationalaccountsofwellbeing.org

2. Viveret, P., Reconsiderer la richesse. 2008, Paris: Poche.

Tradução: Anna gonçalez

Arnaldo é Iê Iê Iê !

Surf music, Jovem Guarda, a primeira fase dos Beatles, twist, Rita Pavone e todo um repertório da cultura pop, incluindo até programas de auditório e as trilhas dos filmes de faroeste. Essa é a mistura que deu origem ao álbum “Iê Iê Iê”, novo trabalho do cantor e compositor Arnaldo Antunes.Com músicas de formação mais tradicional e com uma sonoridade dançante, explorando tanto o clima "retrô" quanto influências mais modernas.
eu estava na livraria e quando ouví o CD foi impossível não dançar, as músicas são melodia e poesia, Arnaldo Antunes é oque há !




quinta-feira, 24 de setembro de 2009

simplifidade!



SIMPLIFICAR é quando ao invés de pensar em 4/8 a pessoa pensa logo em 1/2.

UM MEIO, quando é escrito em números , sempre quer dizer "metade".
Mas quando é escrito em letras pode também querer dizer "um jeito".

Existem vários jeitos de entender o mundo.

Ela tentava explicar de um jeito que ele ficasse mais bonito.

(Adriana Falcão - Mania de explicação)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"Novas diretrizes em tempos de paz"


O filme tem uma sacada ótima do que eu penso ser o grande segredo da sobrevivência humana, a superação pela arte, pela cultura e desta maneira o nosso amigo polonês (interpretado por Dan Stulbach) se desfaz em interpretação para tentar fazer Sigismundo (Tony Ramos) entender que apesar dos horrores da guerra, ainda existem meios de se ver a beleza em outras idéias, em novos horizontes, novas óticas.
No exato momento em que ele se decepciona com o fato de na língua portuguesa existirem palavras como: horror, tortura, dentre outras, houve um tempo em que nesta mesma língua ele encontrou refúgio para sua frustração e a decepção de agora mostra a ele que a beleza da arte é infinita e imortal.
um filme pouco agradável aos estetas, poucos efeitos, pouca luz, um banho de interpretação de Dan.
A seguir trecho de poema de Calderon de la Barca citado no filme. EMOCIONANTE! VISCERAL!





Ai miserável de mim e infeliz!
Apurar, ó céus, pretendo,
já que me tratais assim,
que delito cometi
contra vós outros, nascendo;
que, se nasci, já entendo
qual delito hei cometido:
bastante causa há servido
vossa justiça e rigor,
pois que o delito maior
do homem é ter nascido.

E só quisera saber,
para apurar males meus
deixando de parte, ó céus,
o delito de nascer,
em que vos pude ofender
por me castigardes mais?
Não nasceram os demais?
Pois se eles também nasceram,
que privilégios tiveram
como eu não gozei jamais?

Nasce a ave, e com as graças
que lhe dão beleza suma,
apenas é flor de pluma,
ou ramalhete com asas,
quando as etéreas plagas
corta com velocidade,
negando-se à piedade
do ninho que deixa em calma:
só eu, que tenho mais alma,
tenho menos liberdade?

Nasce a fera, e com a pele
que desenham manchas belas,
apenas signo é de estrelas
graças ao douto pincel,
quando atrevida e cruel,
a humana necessidade
lhe ensina a ter crueldade,
monstro de seu labirinto:
só eu, com melhor instinto,
tenho menos liberdade?

Nasce o peixe, e não respira,
aborto de ovas e lamas,
e apenas baixel de escamas
por sobre as ondas se mira,
quando a toda a parte gira,
num medir da imensidade
co'a tanta capacidade
que lhe dá o centro frio:
só eu, com mais alvedrio,
tenho menos liberdade?

Nasce o arroio, uma cobra
que entre as flores se desata,
e apenas, serpe de prata,
por entre as flores se desdobra,
já, cantor, celebra a obrada natura em piedade
que lhe dá a majestade
do campo aberto à descida:
só eu que tenho mais vida,
tenho menos liberdade?

Em chegando a esta paixão
um vulcão, um Etna feito,
quisera arrancar do peito
pedaços do coração.
Que lei, justiça, ou razão,
nega aos homens - ó céu grave!
privilégio tão suave,
exceção tão principal,
que Deus a deu a um cristal,
ao peixe, à fera, e a uma ave?"

MONÓLOGO DE SEGISMUNDO
(LA VIDA ES SUEÑO, Ato I, Cena I) de Pedro Calderón de la Barca


PLOC - Flash back 80's nr 24

Oingo Boingo...show de bola... a banda acabou mas o vocalista o grande mentor ainda continua fazendo trilhas sonoras para cinema, pricipalmente para o Tim Burton...enjoy:

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Homenagem a nossa Emília Dirce Migliaccio!

Quem não embalou seus doces sonhos em pó de pirlimpimpim com as maluquices da Emília e sua petulância inteligente.
Quem não se divertia em ver Visconde e Emília disputando sapiência e eloquência.
os melhores momentos de uma fábula foram vividos por Dirce Migliaccio (irmã do Tio maneco na vida real) ninguém superou "nossa" Emília, digo nossa pois as crianças de hoje conheceram outras, mas Dirce é inesquecível, foi com ela que Emília ganhou Forma, Cor e VOZ!

Calmo, Sereno e tranquilo!


1

“Num mar sereno há também alguma agitação, mesmo depois da tempestade já se ter acalmado.”

2

“O resultado do vício é só um: magoar a si próprio.”

3

“Os que detestam o seu ócio lamentam-se por não terem nada para fazer, e têm inveja do sucesso dos outros, porque a apatia alimenta a inveja e desejam que todos se destruam, pois eles não conseguiram ter sucesso.”

4

“Por natureza, a alma é lesta e gosta de actividade. Tudo o que a possa distrair, é-lhe agradável.”

5

“Devemos aprender que o mal que sofremos não é devido aos lugares, mas sim de nós mesmos.”

6

“Aquele que tem por objectivo ser útil aos outros, aquele que através de várias actividades gere conforme as suas capacidades e possibilidades os assuntos comuns e os privados, exercita-se e prospera.”

7

“A virtude nunca se esconde e vai enviando sinais. Quem for digno dela, irá reconhecê-la apenas pelos vestígios.”

8

“Por vezes, um idoso não tem nenhum argumento além da idade, que consiga provar o muito tempo que viveu.”

9

“Tem em atenção se a tua natureza está mais inclinada para a actividade ou para o estudo ocioso e para a observação. Deves seguir pelo caminho que a força do teu carácter te orienta. As naturezas interiores que são forçadas, costumam não ter resultados positivos.”

10

“Não deves entrar onde o regresso não possa ser livre.”

11

“Devemos escolher entre os homens que entendamos serem dignos de lhes darmos parte da nossa vida e que apreciem o nosso sacrifício de tempo.”

12

“Uma amizade fiel e afável é o que a alma mais deseja.”

13

“Quando escolhemos os nossos amigos, devemos procurar os que estejam menos adulterados.”

14

“Não sigas nem atraias ninguém a não ser o sábio.”

15

“Evita essencialmente os que são tristes e que lamentam tudo, que gostam de estar sempre a queixar-se. Mesmo que seja fiel e bondoso, é o verdadeiro inimigo da tranquilidade.”

16

“Andam mais alegres aqueles que nunca tiveram fortuna, que aqueles que a perderam.”

17

“Não tens vergonha, quem quer que sejas, de ficares deslumbrado pelas fortunas?”

18

“Uma vez que não temos muita força, devemos reduzir as nossas riquezas, de forma a estarmos menos expostos às afrontas da fortuna. No campo de batalha, os corpos que se podem contorcer e esconder-se nos seus escudos, são mais hábeis, que aqueles que se mostram e querem mostrar força, expondo-se aos ferimentos. A medida mais aconselhada do dinheiro é a que não cai na pobreza, mas também não se afasta muito dela.”

19

“Devíamo-nos habituar a afastar de nós o luxo e apreciarmos as coisas pela sua utilidade, não pelo seu adorno.”

20

“Um mal contrapõe-se ao outro.”

21

“O dinheiro que se gasta com os estudos, que é o mais bem utilizado, é tanto mais racional quanto mais moderado for. É preferível que escolhas poucos autores e te entregues a esses, do que adquirir muitos livros que durante uma vida, de muitos deles apenas se lê os índices. Livros devemos tê-los o quanto seja suficiente mas nunca por ostentação.”

22

“Em todos os tipos de vida podes encontrar prazeres, divertimentos, se encarares os males como leves em vez de os odiar.”

23

“A natureza, percebendo que iríamos passar por vários sofrimentos, encontrou uma forma para os ultrapassarmos que é o hábito. Por isso os que são mais habituais acabam por se tornar familiares. Ninguém conseguiria aguentar tamanha dor, se a constância das coisas tivesse sempre o mesmo peso como no primeiro impacto.”

24

“Devemos permitir que os nossos desejos proliferem, mas não para muito longe; não os devemos silenciar, mas também não lhes podemos permitir muita liberdade.”

25

“Nunca devemos ter inveja daquele que está acima de nós, pois o que parece altura pode ser um abismo.”

26

“Os que a má sorte ou o azar levaram a uma encruzilhada, estarão mais seguros se conseguirem deixar as coisas que os conduzem à altivez. Mas na realidade, muitos estão forçosamente ligados às alturas, e só saem de daí quando caem.”

27

“Devemos oferecer à natureza uma alma melhor que aquela que nos foi confiada.”

28

“Temos de ver a vida como algo que não tem grande valor.”

29

“Muitas vezes a causa da morte é o receio de morrer.”

30

“Quem tem medo da morte, dificilmente fará algo a favor dos vivos.”

31

“Muitos homens quando embarcam não pensam na tempestade que pode aparecer. Se todos pensassem que pode acontecer a qualquer um de nós, tudo o que também acontece aos outros, estariam mais preparados, e quando o mal chegasse, teriam as defesas necessárias preparadas.”

32

“Todo o trabalho tem de ter um objectivo bem claro e definido. Não é a actividade que faz mexer os inquietos, mas sim as falsas imagens que as coisas têm. São atraídos pela aparência de algumas coisas, cujas falsidades não conseguem distinguir.”

33

“Quando não se consegue realizar um desejo, a dor da alma é menos dolorosa, se nunca se esperar que o sucesso teria de acontecer.”

34

“O importante é que a alma se recolha em si própria, abandonando todas as coisas exteriores. Deve confiar em si mesma, alegrar-se consigo, cuidar do que é seu e afastar-se o mais possível das coisas dos outros.”

35

“Devemos considerar os vícios do povo como ridículos e não como odiosos.”

36

“Devemos atenuar todas as coisas e enfrentá-las com boa disposição. É mais humano rir da vida, que lamentá-la.”

37

“É mais merecedor da condição humana aquele que se ri dela do que o que a lamenta, pois quem ri ainda deixa alguma esperança positiva, enquanto que o outro chora pateticamente o que não espera que seja corrigido.”

38

“Perturbar-se com os males dos outros é fazer-se miserável para sempre e alegrar-se com eles é um prazer desumano.”

39

“Quanto mais corajoso, mais feliz será.”

40

“Não irei chorar por ninguém que esteja alegre, nem por ninguém que chore. Aquele limpou ele próprio as minhas lágrimas, este com as suas lágrimas não é digno de alguma outra.”

41

“Existem aqueles que se cansam de qualquer coisa que se torna acessível a eles.”

42

“A solidão como a comunicação devem ser alternadas. A primeira incute-nos o desejo do convívio social e a segunda o desejo de nós próprios na nossa intimidade. E uma será a solução da outra. A solidão cura a nossa antipatia pela multidão e a comunicação cura o nosso tédio à solidão.”

43

“O trabalho contínuo faz nascer no espírito uma certa indolência e insensibilização.”

44

“Por vezes um passeio, uma viagem ou uma mudança de local dão força ou até mesmo um banquete e uma bebida em doses mais generosas. Às vezes temos mesmo que nos embriagar, não para que ela nos absorva, mas para que nos acalme, pois ela faz desaparecer as preocupações, agita até o que está mais profundo na alma e pode ser a cura das tristezas e de certas doenças.”

45

“Tal como na liberdade, também no vinho é necessário moderação. Não devemos recorrer ao vinho frequentemente, para não adquirirmos esse mau hábito. Devemos deixarmo-nos levar de vez em quando à alegria e liberdade, removendo um pouco a triste sobriedade.”

46

“Não podemos dizer coisas grandes e superiores a todas as outras, a menos que a nossa mente esteja excitada. Quando abandona o banal e habitual e se ergue ao alto por um instinto sagrado, então a alma consegue cantar algo grande com uma boca de um mortal. Quando está em si não consegue atingir algo elevado e difícil.”


DA TRANQUILIDADE DA ALMA
DE OTIO, DE TRANQUILLITATE ANIMI E DE VITA BEATA

Autor: Sêneca

Resenha:

"Investiguemos de que modo a alma deverá prosseguir sempre de modo igual e no mesmo ritmo. Ou seja, estar em paz consigo mesmo, e que essa alegria não se interrompa, mas permaneça em estado plácido, sem elevar-se, sem abater-se. A isso eu chamo tranquilidade. Investiguemos como alcançá-la."
(Trecho de Da tranquilidade da alma)

Sêneca (4 a.C.?-65 d.C.), preocupado com as mudanças bruscas nos valores morais, nas crenças e na religião, refletiu sobre esses anseios em textos que se tornaram clássicos da filosofia. Três deles, conhecidos como tratados morais, estão compilados neste volume. "Da vida retirada", "Da tranquilidade da alma" e "Da felicidade". Neles são apresentadas meditações sobre a busca da serenidade e a importância da reflexão interior. Para uma vida plena – recomenda o filósofo – é necessário o afastamento dos bens materiais e daquilo que traz infelicidade; somente assim se iniciaria o processo de aprimoramento espiritual.

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Editora: L&PM Editores - L&PM Pocket

Ref.: 789

ISBN-13: 9788525417541

Páginas: 144

1° Edição: junho de 2009

Observação:

Traduzido do latim por Lúcia Rebello e Itanajara Neves
Introdução de Lúcia Rebello

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

É primavera! trago esta rosa...


Rosa Meditativa de Salvador Dalí

Com a chegada da primavera comemora-se o dia da árvore !
Dia desses (faz um tempinho) meu filho chegou em casa pintado de índio e eu perguntei que é essa pintura? ele disse: é o dia do índio mãe!
Afff, eu pensei, é mesmo....eu só lembrava dessas coisas no tempo da escola, dia do índio, dia da árvore, dia disso, dia daquilo...e fico a pensar que tô cansada desses dias politicamente corretos ou economicamente interessantes para alguém, menos para mim (amigo, namorado, pai, mãe, avó) a vida acontece todo dia então como dizia a Baby Consuelo: "Todo dia era dia de índio..." (e de quem mais chegar).
Por que eu vivo a vida todo dia, por que as pessoas se importam umas com as outras todos os dias, por que educação não tem dia nem hora, todo dia é dia de preservar, de amar, de respeitar e com a crise mundial no dia dos namorados dê um beijo, no das mães um abraço economize sua paciência ao entrar naqueles horrorosos Shopping centers onde não se vê a luz do dia (artificio para se esquecer da hora, nesses lugares não tem relogio e nas lojas em que vendem os relógios estão sempre fora de hora para que você PERCA seu tempo lá dentro).
Para o dia das crianças nós criamos lá em casa um cofrinho que por ser um porquinho se chama Astolfinho (igual ao do cocoricó) e as crianças já se conscientizaram que presente fora de hora agora só vem do Astolfinho, se juntarem R$ 30,00 cada um vai receber um presente de R$ 10,00 e por aí vai, eles ficam eufóricos com cada moedinha angariada.
Me lembro da época em que meu irmão pequeno quando ia na padaria e voltava sem o troco (em moedas) para devolver meu padrasto dizia: - Assim vai acabar comprando uma Ferrari!!!
Nem tanto, mas de moeda em moeda podemos ensinar muito.
No dia da árvore plante, no dia do índio dance...eu quero leveza na minha vida e você?
No dia dos namorados beije entre outras coisas e no dia das mães diga a ela o quanto apesar do dia-a-dia você a ama de verdade, vamos trocar o desnecessário para o essencial!
e que venha a Primavera, a tia Nina, o primo chico e etc....

domingo, 20 de setembro de 2009

Filmes Inesquecíveis

"Love Story" (1970) Jenny e Oliver (Ryan O'neil e Ally Mac Graw) uma bela história de amor e com certeza um dos filmes românticos mais emblemáticos do cinema.

"Amar é nunca ter de pedir perdão"

sábado, 19 de setembro de 2009

Pintura de corpo e alma - Modigliani

Foi como se tivesse vivido há muito tempo. Foi como se tivesse vivido muito tempo. Os dados que se têm de sua biografia mal dão conta do que foi a aventura de sua existência. A biografia não explica a obra que deixou. E a obra é irredutível a rótulos em termos de escolas e tendências. Por isso, poucos se arriscam a responder, além dos fatos conhecidos, à pergunta aparentemente retórica: quem foi Amedeo Modigliani?
Amedeo Modigliani nasceu a 12 de Julho 1884, em Livorno, na Toscana. Modigliani é uma cidadezinha ao sul de Roma de onde uma antiga família judaica tirou seu nome. O avô de Amedeo era um rico banqueiro, mas o pai Flaminio, não passava de um pequeno homem de negócio, às portas da ruína. A mãe Eugénie Garsin, descendia de uma família de judeus sefarditas estabelecida em Marselha, na França, cujas origens remontam ao filósofo Espinosa. Amedeo era o quarto filho do casal.
A figura materna representou, com certeza, papel importante na formação do menino, o último e mais frágil dos irmãos. Viva, decidida, culta, de mente aberta, Eugénie esforçou-se para que a educação de seus filhos vencesse as estreitas fronteiras da província. Giuseppe Emmanuele, o primogênito, viria a ser uma das personalidades marcantes do movimento socialista italiano. Deputado, escolherá o exílio quando os fascistas chegam ao poder.
Eugénie sentia uma ternura toda especial por Amedeo, nascido tardiamente e na pobreza. Ela se perguntava no seu diário: "Será ele um artista?" A pergunta tinha seus fundamentos. No liceu de Livorno, onde o garoto estudava, os professores percebiam sua inclinação pelo desenho. Freqüentemente, porém, faltava às aulas. Motivo: doença. Em 1895, com onze anos, contrai pleurisia. Em 1898, febre tifóide com complicações pulmonares. Ocupa o tempo de repouso com leituras escolhidas pela mãe: poesia clássica e moderna, ensaios ricos de máximas, aforismos e sentenças (que tanto gostaria de citar de memória em conversas nos cafés de Paris), textos de história da arte.
Curado do tifo, o jovem começa seu aprendizado em pintura. A mãe o confia a Micheli, um representante livornês dos Macchiaioli - grupo de artistas florentinos, cujo ideal era um pintura realista, com fortes contrastes de luz e sombra. Uma das telas do estudante Modigliani foi achada anos depoi: é o retrato de um adolescente sentado. Não há paisagem: apenas luz fria de um estúdio. Nada nesse trabalho sugere a presença de um futuro mestre. É somente o trabalho de um aprendiz bem comportado.
Em 1901, Amedeo sofre uma recaída. Está ameaçado de tuberculose, diagnostica o médico. É melhor que passe uns tempos em região de clima mais saudável, aconselha. Dias depois, em companhia da mãe, o jovem segue para Capri, no sul. Depois Nápoles, Roma, Florença. Sempre interessado em arte, não escapa à sedução de Florença, matriculando-se na Escola de Belas-Artes. O ano é 1902.
Naquela época, Florença não significava apenas artes plásticas. Era também um centro de inquietas discussões de filosofia e literatura. Os jovens sonhavam com a glória dos poemas de D'Annunzio e se torturavam coms os tormentos de Nietzsche. Pessimismo e violência compunhavam a um só tempo a perspectiva de seu horizonte. E tramavam a tragédia de seus destinos: vários deles morrerão antes dos trinta anos, por doença ou suicídio. Por enquanto, vivos e desesperados, são os príncipes da juventude de Modigliani. D'Annunzio é seu rei. O "super-homem" de Nietzsche, sua mitologia. A pintura ocupa então um lugar quase secundário na atividade de Modigliani, posta de parte pelas intermináveis discussões que movimentavam as inquietas noites florentinas. É possível que seu temperamento inquieto não se satisfizesse com as tímidas inovações dos Macchiaioli. Tanto assim que, em 1903, ele troca Florença por Veneza, em cuja Escola de Belas-Artes se increve. Mas, ao invés de conduzir os estudos regulares, prefere circular pelas ruelas da cidade, olhar horas a fio os mosaicos da Igreja de São Marcos ou as telas elegante de Carpaccio expostas nas gallerie. Para os colegas, é apenas um diletante, um moço erudito que freqüenta museus para afugentar o tédio. Entretanto, Amedeo Modigliani escrevia ao amigo Oscar Ghiglia: "Escrevo para desabafar-me contigo e para afirmar-me diante de mim mesmo. Estou dominado pelo brotar e desaparecer de enregias fortíssimas. Queria, pelo contrario, que minha vida fosse um rio rico de abundância derramando alegria sobre a terra. A ti posso enfim dizer tudo: pois bem, sou rico e fecundo e tenho necessidade da obra. Eu agora possuo o orgasmo, mas é o orgasmo que precede o prazer, ao qual sucederá aatividade - vertiginosa e ininterrupta - da inteligência".
Modigliani sonha com Paris. Como tantos outros, de outros países, via a sua terra natal como uma província confinada, cujo presente nada acrescentava às glórias artísticas do passado. Um jovem catalão realizou esse sonho em 1900. Chamava-se Pablo Picasso. Em 1904, foi a vez do italiano Brancusi. Em 1906, o espanhol Juan Gris, o russo Kandinsky. O italiano Modigliani.
O Modigliani que chega a Paris e se instala numa água-furtada da Rue Caulaincourt é um jovem de estrutura pouco abaixo da média, que veste todos os dias o mesmo paletó de veludo côtele e tem uma imensa vontade de seduzir o novo ambiente para afirmar-se e de afirmar-se para seduzir. "Seus cabelos pretos como as penas de um corvo circundam uma fronte poderosa", descreve-o o escultor russo Zadkine. "Sua barba cortada rente é uma sombra azul em sua figura de albatroz."
Raros porém são os que se dão ao trabalho de prestar atenção a mais esse estrangeiro. No bairro de Montmartre, habitado ou freqüentado por Van Dongen, Juan Gris, Salmon, Max Jacob, Braque, Derain, Dufy, Matisse, G. Apolinaire e J. Cocteau, já se pressentia que Picasso seria Picasso, mas nínguém se ocupava desse italiano interessado em belas jovens, boa poesia e que dizia frases do tipo "Eu adoro a filosofia". Ainda eram poucos os que chamavam "Modi" ou "Dedo". Ele vive à custa da mesada que a mãe regularmente envia e que lhe permite começar os meses faustosamente e terminá-los quase a zero.
Algum tempo depois de sua chegada a Paris, Modigliani dizia brincando que só havia encontrado um cliente para seus quadros - um cego. Não estava longe da verdade. O velho Léon Angeli, da Rue Gabrielle, quase cego, comprava metódicamente as telas dos jovens pintores, como alguém que joga ao mesmo tempo em vários números da roleta. No início da guerra de 1914, desesperado por falta de dinheiro, Angeli venderá a preços irrisórios toda a sua coleção e morrerá na miséria em 1921.
Por volta de 1908, Modigliani encontra o Dr. Paul Alexandre, marchand amador, que lhe dá o conforto de uma amizade, o calor de uma adimiração e a ajuda material de um comprador. O Dr. Alexandre não tinha muitos recursos, mas durante vários anos gastou o necessário para constituir uma coleção de "Modiglianis" que conservou, intacta e zelosamente, através das incertezas de duas guerras, recusando ofertas de venda cada vez mais fabulosas. Parece que, à excessão do Dr. Alexandre e de alguns amigos pintores que encorajavam Modigliani, nem os negociantes de quadros nem os profissionais tinham então a medida da importância de sua obra. Não que Modigliani fosse desconhecido. Mas certamente era subestimado. Reconhecia-se seu talento, mas não se via em seus retratos muita originalidade. O homem era boêmio e agressivo. O artista, um menino bem comportado. Para a maioria, sua pintura era "tímida". E havia quem a julgasse até acadêmica.
Em companhia do Dr. Alexander, Modiglini - que se inscrevera na Sociedade dos Artistas Independentes - percorre as esposições de Cézanne ou Matisse, os pintores que, com Toulouse-Lautrec, mais despertavam seu entusiasmo. Vai ainda aos antiquários, à galeria de Paul Guilaume. No Museu Etnografia descobre a estatuária africana, como o fizeram tantos artistas de sua geração.
Em 1908, expõe pela primeira vez no Salão dos Independentes. Apresenta cinco telas e um desenho. São retratos cujo estilo lembra os períodos "azul" e "rosa" de Picasso, cujotraço sugere Gauguin. Tudo o que pinta ou desenha entre 1906 e 1909 dá a impressão de ser uma busca, uma pesquisa segundo o método do "ensaio-e-erro". Menos quanto ao tema dos trabalhos, que permanecerá idêntico ao longo de sua obra inteira. Enquanto seus colegas volta e meia se dedicam à paisagem. Modigliani continua voltado para um único assunto, observa um único horizonte, só aceita uma única natureza: a figura humana. Sua carreira será toda ela a história de uma longa reflexão sobre o rosto de homens e mulheres. "Sua pintura", escreveu um crítico, "tem o monotonia admirável da paixões."
Com a exceção de alguns retratos de casais e de retratos de crianças lado a lado, Amedeo Modigliani jamais concebeu na pintura relações humanas que não fossem as do artista confrontado com seu modelo, nem outro problema de composição que não fosse o do ser humano - só - face ao espectador. O universo das paisagens ou dos interiores é só um fundo. Não interessa saber o cenário em que se movem os personagens. Não interessa mostrar criaturas datadas e situadas. Não interessam as miudezas do cotidiano.
No outono de 1909, Modigliani volta a Livorno. Enfrenta sérias dificuldades financeiras, sua saúde já se ressente dos excessos de álcool e de drogas e da falta de alimentação e repouso. No trem que o conduz à Itália, o artista não está pensando porém em seus problemas pessoais e sim nas conversas que mantivera ao longo dos últimos meses com seu mais recente amigo, Constantin Brancusi, o escultor. Este lhe falara com entusiasmo da arte negra e da estatuária primitiva que os antropólogos descobriram. Estimulara-o a trocar os pincéis pelo cinzel e a exprimir no mármore sua visão da figura humana. Ao descer na estação de Livorno, Modigliani está decidido: vai esculpir. Dias depois, já está debruçado na pedra. Trabalha com a convicção dos que descobrem uma nova verdade. Quando tem um conjunto razoável de peças prontas, chama alguns de seus antigos colegas para que as julguem. Mas eles balançaram a cabeça, são severos, desenrolam um sem-número de restrições. Modigliani contém-se para não brigar. Mas terá de libertar pela violência a frustração acumulada. Sem dizer nada a ninguém, coloca as esculturas num carrinho de mão, vai até um dos canais da cidade e joga tudo no rio. Até hoje nenhuma das peças foi recuperada.
De regresso a Paris, no anos seguinte, Modigliani voltará a esculpir, mas só esporadicamente. Aqui, o problema da falta de recursos se fará sentir. O preço da pedra era muito grande para alguém com tão poucas posses. Ele chegará a roubá-la, às noites, de casas em construção. E terminará por desistir do projeto.
Graças porém à sua experiência como escultor, Modigliani pôde expandir, na pintura, seus verdadeiros meios de expressão, completar sua procura de um ideal plástico. Da arte dos povos africanos, reteve o sistemático alongamento dos rostos, o tratamento geométrico do pescoço, o volume decidido e retilíneo do nariz - que tanto caracterizam seus retratos. Mas incorporou também as licões estéticas dos antigos celtas, das civilizações pré-colombianas, das culturas do Oriente - os ancestrais da arte moderna. Não se trata, contudo, de uma ruptura com o que se chama "a tradição clássica européia", mas as fórmulas esteriotipadas que usurpam esse nome. Romper com o academicismo para estreitar os laços com a Academia Universal, com as revelações e conquistas de vários milênios de história de arte.
A guerra de 1914 conduz Modigliani a uma situação material ainda mais penosa. Muitos de seus amigos - entre eles o Dr. Alexandre - haviam sido mobilizados. Paris se esvaziava. As relações com a Itália, com sua família e a ajuda que de lá recebia tornavamse cada vez mais irregulares. Dizem que o artista tentou engajar-se, mas os médicos do Exército deram-no como inapto. De modo que só lhe restou ficar em Paris, na condição de civil. Foi então que conheceu seus piores anos de miséria. Mas foi então também que conheceu a poetisa inglesa Beatrice Hastings, com quem viverá dois anos e de quem dependerá para o sustento. Ainda assim, passou o ano de 1914 quase sem produzir nada. Afirmam seus estudiosos que, de um total estimado de 362 quadros, Modigliani pintou menos de uma dúzia entre 1913 e 1915.
A partir de então, porém, e malgrado todas a vicissitudes, a produção do artista se tornará mais e mais abundante. Ninguém duvida de que isso se deve a um obscuro exilado polonês com quem Modigliani travou conhecimento pela primeira vez n o começo de 1915: Léopold Zborowski, que tinha um pequeno negócio de quadros na Rue Joseph Bara. Zbo - como era chamado - foi para Modigliani um empresário, um companheiro, um cúmplice - um amigo. Enquanto o pintor trabalhava ou vagabundeava, Zbo, suas telas debaixo do braço, tentava enternecer e persuadir os grandes, os verdadeiros marchands para que comprassem as obras do jovem italiano desconhecido. Freqüentemente em vão. Freqüentemente o polonês voltava silencioso, os olhos em lágrimas. Contudo, aos poucos, seus esforços deram frutos.
Os colecionadores começaram a se interessar por suas obras, ao mesmo tempo familiares e estranhas, ora dirigidas a uma forma abstrata - à qual as figuras emprestam volume feitio -, ora voltadas à descoberta dos segredos do espírito humano.
Hoje, muita gente ainda se pergunta: o que é um Modigliani? É um retrato, de preferência um retrato de mulher, tratado segundo a tradição o retrato decorativo da escola italiana. O traço é sublinhado, constantemente visível. Percorre e organiza a superfície da tela obedecendo a um ritmo de grandes curvas melodiosas. Sugere o corpo humano mediante recurso a deformações arbitrárias: o pescoço e as mãos são desmedidamente alongados, o dorso é relativamente curto, a cabeça - diminuta com relação ao conjunto - é organizada em torno da linha vertical do nariz, e os olhos são pequenas amêndoas. Quase sempre, o modelo está sentado numa cadeira, numa atitude que mistura melancolia e indiferença ou uma sensualidade amortecida e pensativa. Em outras palavras, o que Modigliani exprime é muitas vezes melancolia serena e discreta ou uma estranha ternura ou uma sensualidade melodiosa. Nunca algo que seja "doentio" ou "perverso". Sempre uma pintura inteligente.
É a inteligencia de Modigliani que explica a variedade de sua obra. Ela se traduz em seus retratos pelas variações da técnica: é a natureza do modelo que determina a escolha da expressão gráfica. E aí reside a inteligencia do artista. Pois as mudanças na técnica jamais são uma busca da forma pela forma. O que ele pretende dizer é que determina a linguagem a utilizar. Na aparente monotonia, Modigliani a cada vez renova sua paleta e reinventa uma linguagem. A vida nunca deixou de maravilhar o pintor, ainda que aos pouquinhos o fosse assassinando.
Foi em 1917 que o destino aproximou Modigliani da jovem que seria sua companheira para além da morte: Jeanne Hébuterne. Ele a amou e a pintou com toda a doçura de que era capaz. Procurou poupá-la ao máximo de suas próprias explosões de cólera, da ira que o ácool fazia subirà tona. Mas não pôde poupá-la da fome, da miséria, da incerteza, agravadas pela má saúde. Era difícil montar exposições; mais ainda, vender os quadros. Para chamar a atenção do público para uma exposição na galeria de Berthe Weil, na Rue Laffite, Zborowski teve a idéia de colocar quatro nus na vitrina. Mas a polícia chegou antes que os compradores e exigiu que as telas fossem retiradas a bem da moral. A mostra redundou em fracasso.
Apesar da carência e meios, consegue arranjar o suficiente para viajar a Nice a fim de não submeter seu organismo debilitado aos rigores do inverno de Paris. Ali encontra breve repouso e tempo para dedicar-se a Jeanne, que lhe dera uma filha em novembro de 1918. A miséria não o impedia de ter certos gestos, ao mesmo tempo absurdos e plenos de humanidade. O pintor Vlaminck lembra que num dia de inverno encontrou Modigliani no Boulevard Raspail observando o desfile de táxis como um general que passa sua tropa em revista. Um vento gelado mordia-lhe a pele. "Assim que me viu", conta Vlaminck, "aproximou-se muito simplesmente, como se tratasse de uma coisa supérflua, disse: - Eu te vendo meu sobretudo; ele é grande demais para mim; em você cairá melhor." Num dia como esse, Amedeo Modigliani seria capaz de sentar-se num café, desenhar indefinidamente e depois jogar as folhar para o alto como um milionário enlouquecido distribuindo sua fortuna. E se tivesse algum dinheiro ele se derreteria em suas mãos tão depressa quanto neve sob o sol. Horas mais tarde estaria remexendo em seus pertences para descobrir algo - uma valise, um capote - que pudesse vender.
"Eu já conheço a vida, logo serei apenas cinzas", confidenciava a Zborowski. De fato, os médicos jamais haviam diagnosticado meningite de origem tuberculosa. A outro amigo, Ortiz de Sarte, dizia: "Olhe, só me resta um pequeno pedaço de cerébro. Eu sei muito bem que é o fim". Numa noite de janeiro de 1920, Modigliani acompanhava alguns amigos pela Rue de la Tombe-Issoire. Está bêbado, tiritando de frio, mal-humorado. Deixa-os quando resolvem entrar em casa de um deles. Senta-se a um banco, agredindo a noite gelada com as piores imprecações. No dia seguinte, delirando de febre e protestando violentamente, é transportado para o Hospital de la Charité. Ao deixar a casa, ainda encontra um momento para segredar a um amigo: "Já me despedi de minha mulher. Leve-a embora. Nós nos pusemos de acordo: nossa alegria será eterna".
A 25 de janeiro morre no hospital. Segundo a lenda, teria murmurado ao expirar: "Querida, querida Itália". Ao saber de sua morte, Jeanne - que esperava outro filho - foi até o apartamento de seus pais, no quinto andar de um prédio, e atirou-se pela janela.
É possível dizer da vida breve de Amedeo Modigliani que tenha sido uma sucessão de caprichos, bebedeiras e derrotas. De miséria e de tristeza. Muitos de seus comtemporâneos o consideravam um boêmio conservador, que buscava uma impossível reconciliação entre a tradição e a audácia. Enganaram-se. O verdadeiro Modigliani passou perto deles, quase invisível, como um personagem de conto de fadas, que dissimula sua identidade como um príncipe com roupa de vagabundo. Um príncipe que um dia escreveu: "A vida é um dom. De poucos para muitos. Dos que sabem e possuem aos que nem sabem e nem possuem".
Modigliani soube. Modigliani possuiu.

Fotografia: Amedeo Modigliani e Jeanne Hébuterne




Imagens (de cima para baixo):

Auto-retrato (100 x 65 cm - de talhe;1919)
Museu de Arte Comtemporânea da Universidade de São Paulo.
Uma das telas do pintor. Severo na estilização que faz de si mesmo, Modigliani não consegue esconder a doença que o consome.

Retrato da Senhora G van Muyden, 1917
Museu de Arte de São Paulo.

Retrato de Diego Rivera, 1916.
Museu de Arte de São Paulo.

Retrato de Léopold Zborowski, 1917.
Museu de Arte de São Paulo.

Retrato de Jeanne Hébuterne (1898 -1920), Mulher de Amedeo Modigliani, 1918.
Óleo sobre tela. 92 x 60 cm. Coleção privada.

Referência Bibliográfica: Genios da Pintura, Abril Cultural, 1980


ps: Para quem se interessar existe em DVD um filme sobre a vida deste pintor estrelado por Andy Garcia.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tá rindo? só até chorar!




“Laughing With”, o single de trabalho do Cd Far, lançado por Regina Spektor este ano !

No one laughs at God in a hospital
No one laughs at God in a war
No one’s laughing at God
When they’re starving or freezing or so very poor

No one laughs at God when the doctor calls
After some routine tests
No one’s laughing at God
when it’s gotten real late
And their kid’s not back from that party yet

No one laughs at God when their airplane
Starts to uncontrollably shake
No one’s laughing at God
When they see the one they love hand in hand
with someone else and they hope that they’re mistaken
No one laughs at God when the cops knock on their door
And they say “We’ve got some bad new, sir,”
No one’s laughing at God
When there’s a famine, fire or flood

But God can be funny
At a cocktail party while listening to a good God-themed joke or
When the crazies say he hates us
and they get so red in the head
You think that they’re about to choke
God can be funny
When told he’ll give you money if you just pray the right way
And when presented like a genie
Who does magic like Houdini
Or grants wishes like Jiminy Cricket and Santa Claus

God can be so hilarious
Ha ha, ha ha

No one laughs at God in a hospital
No one laughs at God in a war
No one’s laughing at God
when they’ve lost all they got
And they don’t know what for

No one laughs at God on the day they realize
that the last sight they’ll ever see is a pair of hateful eyes
No one’s laughing at God
When they’re saying their goodbyes

But God can be funny
At a cocktail party while listening to a good God-themed joke or
When the crazies say he hates us and they get so red in the head
you think that they’re about to choke
God can be funny
When told he’ll give you money if you just pray the right way
And when presented like a genie
Who does magic like Houdini
Or grants wishes like Jiminy Cricket and Santa Claus
God can be so hilarious

No one laughs at God in a hospital
No one laughs at God in a war
(repeat)
No one’s laughing at God in a hospital
No one’s laughing at God in a war

No one’s laughing at God
When they’re starving or freezing or so very poor

No one’s laughing at God
(repeat)
We’re all “laughing with God”

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PLOC - Flash back 80's nr 23

bangles, jurássicas dos anos 80:

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Michael Jackson ainda não se foi!

Lançado documentário sobre os últimos dias de trabalho de Michael.

“This is it” é nome da turnê de shows para a qual o cantor ensaiava exaustivamente antes de morrer no dia 25 de julho. O filme foi produzido a partir de mais de 100 horas de filmagens de bastidores.

Segundo informações do site oficial de Michael Jackson, a esteia está marcada para dia 28 de outubro nos cinemas das principais cidades ao redor do mundo e dia 30 será a esteia no Brasil. Mas fique atento, as entradas começarão a ser vendidas 27 de setembro e o documentário fica só 2 semanas em cartaz!

Já tem até trailler no Youtube.

e se bobear não acabará por aí devem sair mais uns filmes sobre sua vida polêmica, a biografia "não autorizada" e tudo com aquele pai dele com cara de " PIMP" dando um sorrisinho sacana no fundo..HUMPF!

Poor Michael nem morto deixam ele quieto.

Gone too soon!

Quando agorinha pouco eu soube da morte de Patrick Swayze pela Internet ( eu não assisto TV)
me veio logo a mente um pensamento tipo: Puxa que pena! esse cara marcou a minha adolescência com aquele"Dirty dancing" e aquela música "she's like the wind", depois sobre a carreira dele eu pensei: Esse cara é um artista do calibre do Travolta, atua, canta e DANÇA!
aí numa atitude clichê fui buscar o clip da música citada anteriormente mas ficou "Too sad" (tristim demás) e de repente encontro esse vídeo tipo um Duelo de Titãs de ficção,vale a pena celebrar a vida dele com esse vídeo :

domingo, 13 de setembro de 2009

Nova seleção - Filmes

Vamos iniciar uma nova seleção para enviar semanalmente a partir de hoje, esta seleção irá relatar filmes inesquecíveis.
O primeiro da série é um filme do ano em que nasci e tem em seu elenco uma das minhas cantoras prediletas e um dos homens mais belos do cinema.
"The way we were" (título original em português "Nosso amor de ontem") é um daqueles filmes para ver abraçada as suas pernas ou ao seu marido, namorado, rolo, tico tico no fubá, pretendente, profecia ou seja lá quem for o seu parceiro hehehehe pois é romântico e dramático ao mesmo tempo, mas muito bonito, alias no inicio da sua carreira Barbra fez uma série de filmes que amo e marcaram época e com certeza irão figurar nesta seleção em algum momento.
assita o trailler, vá a té a locadora Cult mais perto de sua casa e garanta o bom e velho cinema antigo (não se fazem mais filmes como antigamente), com vocês "Nosso Amor de ontem" (1973)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O dia em que a terra parou.


Presidente Obama e 1a dama dos EUA " Essa dor não passa"


Me lembro exatamente onde eu estava em 11 de setembro de 2001, estava numa van indo para meu local de trabalho: O AEROPORTO Santos Dumont.
No rádio havia a notícia de que uma aeronave de pequeno porte havia atingido a torre sul (se não me engano) do WTC, na hora eu comentei com o motorista da van: isso é problema de trafego aéreo só pode ser, voando tão baixo assim uma aeronave de pequeno porte tem visibilidade, só pode ter sido erro de rota e enquanto discutiamos o caso encarávamos uma pequena retenção na Av Rio Branco, 15 minutos depois outra notícia dizendo que outra aeronave havia atingido as torres e que desta vez de grande porte, fiquei pasma, sem entender.
Podem imaginar que quando cheguei ao aeroporto a notícia corria a boca pequena e finalmente a notícia de que eram jatos comerciais de empressas aéreas , ficamos em pânico pois tudo relacionado a aviação envolve e afeta as outras empresas (sempre - haja vista a crise no setor logo após este ocorrido).
Bom, o desfecho de tudo isso todos já sabemos, passamos mêses vasculhando malas e bolsos de nossos passageiros, de alicate de unha a qualquer coisa que pudesse oferecer perigo a segurança de vôo.
Nos acostumamos a toda a reclamação que isso causava e o tempo passou, hoje já se passaram 8 anos e ainda me lembro daquele dia, ele influenciou minha vida de certa forma e sinto uma empatia muito grande com as pessoas que sofreram e pelo que perderam neste dia, pelo país que teve sua soberania desmoralizada, pelas famílias que sofreram perdas irreparáveis e por todo mundo que de alguma forma sofreu o impacto da crise que isso causou.
Tenho esperança de que isso não venha a se repetir.

PAZ!!!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A ganância foi pro buraco!

Rede global de curtas Futureshorts.com
A sua aventura com os curtas começa aqui.

Future Shorts é a experiência definitiva em curtas. Todo mês mais de 25,000 pessoas em
20 países vem conferir a inigualável seleção de curtas, musica e arte.
confira o canal no youtube e o curta a seguir está sendo apresentado no intervalo 212 sexy na TV a cabo, show de bola!

acontece na WEB

WebCitizen inaugura blog com cobertura do Gov 2.0 Summit em Washington

Com a cobertura multiplataforma do Gov 2.0 Summit, de 08 a 10 de setembro, sera inaugurado o blog da WebCitizen (www.webcitizen.com.br), empresa dedicada a usar tecnologias digitais para aproximar cidadãos. De Washington D.C., a equipe compartilhará as informações da conferência que reunirá protagonistas do eGov no mundo. Entre eles, Tim O’Reilly, Adriel Hampton, Hal Varian e Peter Corbett. Microposts em tempo real também serão publicados em seu canal no twitter (@Webcitizen_).

“Nós acreditamos que as ferramentas da internet irão nos direcionar para uma democracia global. A presença da WebCitizen no evento é fundamental, pois é preciso expandir. Não faz mais sentido uma discussão limitada a questões geográficas. Queremos participar da criação de uma webcracia na qual os cidadãos sejam do mundo e não apenas de seus países”, destaca o Diretor Presidente, Helder Araujo, que estará presente no evento junto ao Diretor de Pesquisa e Planejamento, André Blas, e o Diretor de Conteúdo, Denis Russo Burgierman.

A partir da cobertura do Gov 2.0 Summit, a equipe pretende que o Blog se torne um canal de constante debate sobre o tema. Com conteúdo inédito, a troca de conhecimento também acontecerá por meio da divulgação parcial e integral de pesquisas realizadas, assim como a disponibilização de aplicativos, ainda em fase de desenvolvimento e idealização. A expectativa é de que a interatividade e a troca de know how promova uma reação cada vez mais participativa entre dos cidadãos da web.

“Não tenham apego ao conhecimento adquirido no dia a dia de nosso trabalho. Foi esta a mensagem que passamos à nossa equipe em uma das primeiras reuniões realizadas. E o blog entra no ar para isso. Para que a gente consiga repassar nosso conhecimento, vê-lo transformado, vivo. Ao nosso lado, estão todos aqueles que querem melhorar o mundo”, finaliza Araujo.

Sobre a WebCitizen:
A Webcitizen é uma empresa inovadora que propõe estimular o engajamento cívico e aproximar os cidadãos entre si, e com os seus governos. Através da análise da atual e futura arenas virtuais, da organização e otimização do design da informação e do compartilhamento de conhecimento, nós podemos criar uma ponte entre o mundo físico e o virtual, e auxiliar instituições governamentais e não-governamentais a compreender as verdadeiras necessidades dos seus cidadãos e consumidores. Em seu foco, esta o emprego de tecnologias digitais para a criação de canais de participação, trazendo mais abertura, transparência e democracia para a administração pública, promovendo um diálogo público colaborativo, um senso de comunidade acessível e significativo, e em uma última análise, ajudando a criar um mundo melhor.

Mais Informações:
Lívia Ascava
Diretora do Núcleo de Relacionamento e Disseminação
(11) 8343-4521
Email: livia@webcitizen.com.br

Dickens em Dose tripla

Se você é Pai ou Mãe (como eu) e está cansado dos desenhos de animais falantes e dançantes no cinema, ou de filmes extraordinários de bruxaria ou contos de fada em que todos vivem felizes para sempre (eu estou), pode apelar (literalmente, ou melhor implorar) para Charles Dickens algumas boas horas de ensinamento de que se a vida é boa para você ela não necessariamente é boa para todos e mais, que a vida real apesar de dura (é, a vida é dura) tem boas lições a ensinar de amizade, perseverança, superação, honestidade e até um pouco de fantasia entre outras coisinhas "mínimas" e quase insignificantes como as que acabei de citar.
Aqui abaixo seguem dicas de bons filmes baseados em Dickens para adultos e crianças (pode também pegar alguns clássicos da Disney como "Mary Poppins", "O calhambeque Maluco", "Noviça rebelde", "Se minha cama voasse" e por aí vamos)

Oliver Twist

é um romance de Charles Dickens que relata as aventuras e desventuras de um rapaz órfão. É um dos romances onde o autor trata do fenômeno da delinqüência provocada pelas condições precárias da sociedade inglesa da época.

Estes ladrões tentaram impregnar o espírito de roubo, sem sucesso. Como tentativa desperada de impregnar esse espírito ao rapaz, montam um esquema de assalto com um rapaz, sem ele saber. Na casa em que vão assaltar, o papel de Oliver é entrar por uma janela pequena e abrir a porta para os ladrões, mas este decide tentar avisar alguém do assalto e esbarra, acidentalmente com os donos da casa, que disparam nele, sem saberem que se tratava de uma criança, com os tiros Oliver foge da casa com os ladrões, mas estes deixam-no para trás e este fica ao acolhimento da família que vivia na casa do assalto durante algum tempo, mas sempre na esperança de voltar a ver Sr. Brownlow, decide contar a sua história a Srta. Rose e esta, por sua vez, conta ao Dr. Losberne, o médico que cuidou de Oliver, e este faz de tudo para encontrar os benfeitores do pobre rapaz.

Encontrando Oliver, Sr. Brownlow faz de tudo para encontrar as origens do rapaz e acaba descobrindo que Oliver é irmão de um filho de um falecido amigo, e que este estava a tentar acabar com a vida de seu irmão devido a uma herança deixada por seu pai que não queria partilhá-la.


Nicolas Nickleby

O romance retrata os percalços de um jovem britânico, Nicholas Nickleby que, com a morte do pai, tornou-se responsável pela família composta por sua mãe e irmã. Nicholas, porém, não tinha emprego ne dinheiro e sua mãe escreve para Ralph Nickleby, irmão de seu marido recém-falecido, solicitando ajuda. Ralph é um homem desalmado, com muito dinheiro e amigos desagradáveis e perigosos. Sua ajuda tem um quê de crueldade levando Nicholas a separar-se de sua família e a conviver com situações muito dolorosas. O jovem, porém, digno e sensível, direciona seus esforços para ajudar a sua família e seus amigos que direta ou indiretamente passam a ter suas vidas atormentadas pelas ações do tio Ralph.


Ainda de Dickens um filme adulto que particularmente EU AMO é o "Grandes Esperanças" com os meus atores prediletos Ethan Hawke e Gwyneth Paltrow (nossa quem teve a idéia genial de colocá-los juntos)


Conta a história de um jovem artista apaixonado por uma bela mulher que é extremamente fria para com ele. O filme é a modernização do clássico de Charles Dickens sobre o órfão Bell e seu amor pela bela e fria Estella, criada por uma mulher cruel que busca vingança contra os homens por ter sido abandonada à beira do altar, e o misterioso benfeitor que muda o destino do rapaz.



Entretenimento de boa qualidade com conteúdo humano, EU QUERO!



PLOC - Flash back 80's nr 22

Sucesso de Bonnie Tayler interpretado por Nicky French, nos 80 ganhou as pistas do Gatopardo , Resumo da ópera e tals:

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

7 de Setembro ! Já podeis cantar!


Independencia ou morte de Pedro Américo, 1888 Museu Paulista /SP



Saber o Hino Nacional nos dias de hoje já é um grande feito para nossos jovens e crianças tendo em mente que no meu tempo todos tinhamos em nossa lista de uniforme um par de luvas brancas para na hora da entrada usá-la ao hastear a bandeira caso fosse o escolhido, Hoje em dia pelo que me consta as crianças cantam o hino em um dia específico da semana somente, realmente difícil gravar os inumeros hinos.
Deveria ser um dever cívico da escola a prática do hino nacional diário e o aprendizado de todos os hinos e simbolos de nosso país, para consolidar o patriotismo e assim gerar cidadãos mais comprometidos com a pátria.
No dia da bandeira cantávamos o Hino a Bandeira, aquele : "Salve lindo pendão da esperança..."
ontém eu estava assistindo a chamada de um programa em que a apresentadora perguntava ao apresentador se ele já havia decorado o hino da independência, eu me perguntei:
e precisa?ele não sabe?
Então para aqueles que nesse 7 de setembro sabem cantar de cor e salteado qualquer música pop americana, mas não sabem os hinos do seu próprio país aí vai um treino.




Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil:
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.

Brava gente, brasileira...
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente, brasileira...
Parabéns, ó Brasileiros!
Já com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente, brasileira!...