Pode parecer estranho, mais estranho a mim parece, saber que no dia 17 de abril deste ano quando eu partia do Rio de Janeiro para Santos um telefonema me avisa de um acidente de Skate com um amigo querido, ele andava naqueles skates elétricos cujos pés ficam atados, ou coisa que o valha, impedindo no momento da queda do rapaz ter muta mobilidade e articular um movimento para proteção.
O Kiko (apelido) caiu de sua altura uns 1,75 com mais seus 80 kilos em quedra livre com a cabeça no chão, os passantes dizem que ele ainda tentou se levantar, mas a zazoeira da pancada o impossibilitou e o mesmo tinha uma fratura aberta e um traumatismo craniano gravíssimo, não é preciso dizer que ele faleceu (mas eu disse).
No dia 20 de julho retornei ao Rio e qual não foi minha surpresa ao ouvir no noticiário sobre o atropelamento de Rafael Mascarenhas no tunel na madrugada do mesmo dia; oque ocorreu também envolvendo um Skate. WEIRD COINCIDENCES!
Antes de começar a repensar toda a situação, porque raios esses rapazes não usam nenhum tipo de proteção?
E os capacetes? e as joelheiras, tornozeleiras e todas as eiras?
Só restam besteiras, zoeiras e asneiras. Choradeiras!
Bom, a questão além desta é também o fato de que não só o motorista estava errado como o próprio atropelado.
Agora oque fica martelando na minha cabeça é o seguinte, digamos que o motorista não estivesse em *suposto delito (racha), apenas estivesse fazendo uma manobra infeliz devido a má sinalização do túnel (oque não é impossivel bem o sabem os moradores do Rio) e num momento iluminado após passar por dois skatistas ele presume uma possível outra pessoa e vê um vulto crusar a frente de seu carro e com isso dá um tranco no seu volante oque o leva direto ao paredão de concreto, causando sua morte e a de seu amigo que estava sem cinto (outro erro).
Daí oque faria o Skatista? tendo em vista que nao houve contato dele com o veículo, tendo em vista que ele em tese não se julga culpado pelo ocorrido, afinal o tunel estava interditado (inclusive pra ele) e agora José?
Eu fico divagando em uma frase que a mãe da vítima disse em relação ao atropelador e sua família: "Eles agora vivem uma escuridão".
Eu também acho que eles devam estar num momento bem pesado, ninguém teve a intenção de matar, o outro não teve a intenção de morrer, mas também ninguem se protegeu para não matar ou morrer.
Nenhum dos dois respeitou a sinalização (se havistaram alguma), nenhum dos dois se respaldou de meios seguros de agir.
A grande diferença aqui é que o atropelado era a ponta mais fraca da corda e como mais fraco deveria ter se preocupado com os riscos e as possibilidades de se colocar em risco tão grande.
A fatalidade não diminui a culpa de nenhum dos dois!
Sinuca de bico!
Mas o ponto principal deste pensamento sem fazer apologia a inocência de A ou B é simplesmente a realidade dos fatos de que se a situação fosse contrária talvez ninguem ligasse tanto, teria sido mais um playboy zoando na madruga e o skatista partiria para mais uma noite de infrações menos graves (não existe essa, cidadania é cidadania).
Seguir as regras faz parte do acordo tanto para skatistas quanto para motoristas.
Para não macular a despretensão de ambas as partes na situação não vou nem citar a participação da Polícia, esta é a parte mais revoltante.
PAZ
*suposto, pois ainda não foi comprovada a participação do motorista em um racha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário